Preços do petróleo ampliaram seu recente rali na última sexta-feira e atingiram o nível mais elevado em mais de dois anos em meio a expectativas de que os principais produtores de petróleo do mundo estenderão o pacto para reduzir a produção além de sua data atual de vencimento no próximo mês de março.
Os preços receberam mais impulso devido a uma considerável redução ocorrida na semana no número de sondas de petróleo em atividade nos EUA, o que alimentou as expectativas de uma desaceleração no crescimento da produção do país.
A Baker Hughes, prestadora de serviços a empresas do setor de energia, afirmou que o número de sondas de extração de petróleo ativas nos EUA teve redução de oito e totalizou 729 na semana passada. Foi a quarta semana de redução em um período de cinco semanas.
A contagem semanal de sondas é um barômetro importante para a indústria de extração de petróleo e serve como uma referência para a produção de petróleo nos Estados Unidos.
Contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, avançavam US$ 1,10, ou cerca de 2%, e eram negociados a US$ 55,64 o barril no fechamento do pregão. Mais cedo durante a sessão, chegaram a US$ 55,76, seu melhor nível desde julho de 2015.
Encerraram a semana em alta de 3,2%, subindo pela quarta semana consecutiva.
Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançou US$ 1,14, ou cerca de 2,4%, para US$ 62,07 o barril. Chegou ao pico intradiário de US$ 62,23, nível não visto desde julho de 2015.
A referência global teve aumento de aproximadamente 2,7% na semana, que foi a quarta semana seguida de ganhos.
Os preços do petróleo ampliaram um rali que começou no início de outubro, amplamente conduzido por expectativas de que os países produtores de petróleo chegarão a um acordo para estender os cortes na produção em sua reunião no final deste mês.
Sob os termos originais do acordo, a Opep e 10 países externos organização liderados pela Rússia concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia durante seis meses. O acordo foi estendido em maio desse ano por um período de nove meses até março de 2018 em uma aposta de reduzir os estoques mundiais e dar sustentação aos preços do petróleo.
As discussões continuam no período que antecede a reunião de 30 de novembro, na qual ministros de petróleo da Opep e de países externos à organização que fazem parte do pacto participarão.
Em outras negociações do setor de energia na última sexta-feira, contratos futuros de gasolina avançaram US$ 0,023, ou 1,3%, e encerram cotados a US$ 1,793. Na semana, fecharam em alta de cerca de 1,4%.
O óleo de aquecimento subiu US$ 0,032, ou 1,7%, para US$ 1,886 o galão, encerrando a semana em alta de cerca de 1%
Contratos futuros de gás natural avançaram US$ 0,049, ou 1,7%, para US$ 2,984 por milhão de unidades térmicas britânicas. Na semana, fecharam em alta de 0,7%.
Na semana a seguir, participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Terça-feira, 7 de novembro
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira, 8 de novembro
A Administração de Informações de Energia dos EUA deve divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Quinta-feira, 9 de novembro
O governo norte-americano deve divulgar relatório semanal da oferta de gás natural em estoque.
Sexta-feira, 10 de novembro
A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.
Fonte: Investing