A Secretaria de Planejamento e Gestão apresentou nesta terça-feira (13.08), durante o II Fórum Internacional de Novas Abordagens em Saúde Mental, realizado na Universidade Federal de Mato Grosso, o trabalho sobre o Processo de Acompanhamento Psicossocial para o Servidor que desenvolvido pelo Estado e que surte bons resultados entre o funcionalismo.
O trabalho é desenvolvido pela Equipe Psicossocial da Coordenação de Saúde e Segurança no Trabalho da pasta e surgiu após a constatação do grande número de afastamentos de servidores públicos em virtude de transtornos emocionais. Seu principal objetivo é evitar o alto índice de afastamento por transtornos mentais, o absenteísmo e principalmente o sofrimento psíquico do servidor.
A equipe da Seplag qualifica as equipes dos órgãos para que elas possam atender ao servidor que se encontra em alguma situação adversa, oferecendo escuta qualificada, orientações que possam contribuir com sua reabilitação e tratamento, entre outros procedimentos que favoreçam a melhoria de suas condições de saúde, bem-estar e reinserção laboral.
Após a implementação do processo de acompanhamento psicossocial proposto pela Coordenadoria de Saúde e Segurança no Trabalho, em janeiro de 2019, sete das 16 secretarias já aderiram ao processo de acompanhamento, nas quais já foram realizados 1.430 atendimentos, em sua maioria afastamentos para tratamento de saúde a serem homologados pela perícia médica.
“Ao monitorarmos os indicadores de incidência e prevalência no primeiro semestre foi possível verificar que na secretaria onde o processo é desenvolvido associado ao Programa de Atenção à Saúde Mental houve uma redução nos afastamentos por CID F, que são os afastamentos por transtornos mentais e de comportamento”, conta o coordenador de Saúde e Segurança do Trabalho, Flávio Jabra Peixoto.
Entre as secretarias que participam do processo de acompanhamento de seus servidores estão a própria Seplag, a de Fazenda (Sefaz), Infraestrutura e Logística (Sinfra) e a Controladoria Geral Do Estado (CGE). Qualquer servidor que sinta a necessidade pode ser acompanhado. Ele passa por uma triagem com psicólogo ou assistente social, e se for constatada a necessidade ele vai para o acompanhamento, tudo com muita discrição e ética profissional.
Segundo uma das psicólogas da equipe da Seplag, Vilma Moraes, tudo começou com a preocupação em entender esses afastamentos por doenças emocionais. A partir daí a equipe começou a escrever o programa, com referenciais teóricas e com consultas a outras secretarias parceiras. “À medida que nós íamos trabalhando, o programa ia ganhando vida. Uma vida para cuidar de vidas que estavam adoecidas”, pontuou.
Fórum
Ocorrido nos dias 13 e 14 de agosto e voltado à apresentação de novas abordagens em saúde mental, o Fórum tem por objetivo promover um espaço de debates e trocas de experiências entre pessoas e organizações que vêm construindo novas práticas em saúde mental, visando o desenvolvimento da qualidade dos serviços em articulação com a comunidade. Entre os palestrantes estão profissionais de estados como São Paulo, Mato Grosso além do psicólogo dinamarquês Richard Armitage.