O mercado da soja começa a semana sem a referência da Bolsa de Chicago com o feriado do Memorial Day comemorado nos Estados Unidos e, por isso, os negócios no Brasil também acabam sendo iniciados com pouca força
O foco passava a ser um pouco maior no dólar, portanto. E no início da tarde desta segunda, a moeda americana subia 0,12% apenas, e era negociada a R$ 3,269. “A falta de liquidez deve provocar oscilações, com poucos negócios tendo mais influência sobre as cotações”, afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel á agência de notícias Reuters.
Assim, os preços da oleaginosa nos portos também não apresentavam grandes variações e os negócios não registravam volumes elevados. No terminal de Rio Grande, a soja disponível valia R$ 68,50 por saca – mesmo indicativo do fechamento de sexta-feira (26) – enquanto a safra nova tinha R$ 71,50, R$ 0,50 a menos do que o fechamento do final da semana passada.
“No Brasil, os negócios devem ficar travados nesta jornada. Como o câmbio opera em linha com o fechamento de sexta-feira, na faixa de R$ 3,27, eventuais indicações de compra tendem a ficar muito próximas daquelas sugeridas no final da semana anterior”, acredita o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter.
No porto de Paranaguá, o produto disponível vinha oscilando entre R$ 69,00 e R$ 70,00 por saca, também com poucos negócios.
Para o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o mercado, nesta semana, entra em uma nova onda de calmaria e poucos negócios “porque somente sofrerá alterações se algum outro homem-bomba apareça com mais escândalos (que poderiam mexer com o câmbio), o que aparentemente não se espera”, diz.
Por outro lado, o consultor lembra ainda que trata-se de um período de final de mês e há muitos produtores com a necessidade de fazer caixa para a quitação de algumas dívidas. Dessa forma, as ofertas poderiam ser ligeiramente maiores neste início de semana – apesar da calmaria esperada no dólar e em Chicago, caso o plantio continue evoluindo bem nos EUA. “E depois, tenderemos a ver (nova) redução das vendas”, conclui Brandalizze.
Fonte: Notícias Agrícolas