O início da incidência de volumes significativos de chuvas em Mato Grosso do Sul, confirmado nos últimos dias em praticamente todo o Estado, contribui de forma fundamental para a extinção dos diversos focos de incêndios florestais, que persistiam em pontos de Mata Atlântica, Cerrado e sobretudo, na região do bioma Pantanal.
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Mesmo assim, as equipes da força-tarefa comandada pela Marinha, com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, PR, DF e SC, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Defesa Civil, Imasul, Ibama, ICMBio e Força Nacional de Segurança, continuam mobilizadas nas principais bases de combate aos incêndios florestais por pelo menos mais 48h, para os trabalhos de rescaldo, monitoramento e vigilância.
A informação foi dada pelo tenente-coronel Moreira, do Corpo de Bombeiros Militar na live transmitida pelo perfil oficial do Governo do Estado no Facebook, às 16h desta quinta-feira (15). “Tínhamos incêndios em todos os biomas existentes em Mato Grosso do Sul. Em Naviraí, próximo ao Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, estávamos com militares e duas aeronaves air tractor atuando. A chuva auxiliou na terça e quarta-feira e os focos foram extintos, assim como em outros pontos na Costa Lestes. Hoje tivemos já tivemos a informação de que os focos que estavam concentrados no Pantanal, no entorno de Corumbá e Ladário, também começaram a ser extintos pela chuva”, afirmou.
“Temos de ficar em alerta e ter cuidado com os raios, pois ainda há muita massa seca e só com a chuva permanente teremos condições mais tranquilas, daí a importância de as equipes permanecerem vigilantes”, comentou o secretário Jaime Verruck. O titular da Semagro reforçou que “permanecem vigentes, até 31 de janeiro de 2021, as portarias que proíbem a queima, para qualquer tipo de atividade, mesmo para aqueles que já tenham autorização”.
Em todas essas regiões as equipes da força-tarefa nacional devem permanecer mobilizadas por ao menos mais 48h, a fim de realizar o procedimento de rescaldo e evitar reignição, mantendo a vigilância da área. De acordo com os dados apresentados pelo Corpo de Bombeiros, de janeiro a outubro, 27% do bioma Pantanal foi consumido pelo fogo, num total de 4.117 hectares, sendo 1902 em Mato Grosso do Sul e 2215 no Mato Grosso, de acordo com os dados do Lasa, da UFRJ. Clique aqui e veja o balanço do CBMMS.
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O capitão de Mar e Guerra, Adriano Cunha, da força-tarefa nacional, em Ladário, informou que os militares da Marinha “debelaram vários focos nos últimos dias, na rodovia BR-262, Estrada Parque e outros pequenos focos. Agora, com as chuvas, eles devem ser totalmente extintos, mas iremos manter o monitoramento feito por meio de nossa sala de situação”.
Franciane Rodrigues, coordenadora do Cemtec/Semagro (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), informou que as primeiras chuvas começaram a partir de 13 de outubro, no centro-sul do Estado, com acumulados significativos e começam a se espalhar sobre todo o Mato Grosso do Sul. Mas devemos manter atenção redobrada com relação às condições adversas do tempo, pois há previsão de alta incidencia de raios, ventanias, granizo. “Temos previsão de chuva até 31 de outubro, com acumulados de até 50mm e ênfase ns região pantaneira”, informou.
Operação Focus
Por fim o secretário Jaime Verruck apresentou os números finais da Operação Focus, desencadeada por meio de parceria entre o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), para apurar os incêndios nas áreas rurais de Mato Grosso do Sul, concentra ações em propriedades localizadas nas regiões da Nhecolândia e Nabileque, no Pantanal.
Ao todo, 23 pessoas participaram da Operação, sendo 6 do Imasul, 3 do Corpo de Bombeiros, 6 da PMA, 5 da Policia Civil e 3 do Garras. Em cerca de um mês, foram percorridos 8.700 quilômetros em todo o Pantanal, passando por 40 propriedades rurais. Foram presas 3 pessoas em flagrante, por estarem ateando fogo à vegetação e confirmada a origem de focos de incêndio em 19 locais.
Segundo o Imasul os focos existentes em todas as propriedades rurais foram levantados através de imagens de satélite e análise temporal, que foram cruzadas com outros bancos de dados, possibilitando a identificação das fazendas, dos donos e da área total atingida pelos incêndios.
“Aplicamos R$ 35 milhões em multas, numa operação conjunta promovida para combater fiscalizar e punir. Já estamos trabalhando a em um plano de prevenção e combate aos incêndios florestais, nos mobilizando junto ao governo federal para implantar uma estrutura permanente no Pantanal”, finalizou o secretário Jaime Verruck.
Por Marcelo Armôa/ Semagro
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