Os dados da SECEX/MDIC indicam que na segunda semana de abril (8 a 14, cinco dias úteis) as exportações de carnes sofreram fortíssima redução em relação à semana inicial do mês (também com cinco dias úteis), pois a receita cambial – pela média diária, de US$62,413 milhões na abertura do mês – recuou para US$44,490 milhões na semana passada, uma redução de quase 30%
Como efeito desse desempenho, a receita cambial dos 10 primeiros dias úteis do mês (de um total de 21 dias úteis) ficou, também pela média diária, em US$53,452 milhões, resultado que representa reduções de 13,9% e 8,3% sobre, respectivamente, o mês anterior e o mesmo mês de 2017.
Nesse cenário, as três carnes sinalizam redução de embarques em relação ao mês de março. E os volumes projetados no gráfico abaixo, à direita, representam redução de 8,2% para a carne suína, de 22,6% para a carne bovina e de 12% para a carne de frango.
Já em comparação a abril de 2017 (mês em que as exportações sofreram os primeiros impactos da Operação Carne Fraca, deflagrada no mês anterior), prevalece a expectativa de estabilidade para a carne suína (44,5 mil/t há um ano), de aumento de 5% para a carne de frango (293,4 mil/t em abril/17) e de aumento de 34% para a carne bovina (70 mil/t há um ano).
A registrar, de toda forma, que embora registrando ligeiro ganho em relação ao mês anterior, o preço médio das três carnes segue negativo em relação ao mesmo mês de 2017. Neste caso, a perda maior recai sobre a carne suína (-22%), enquanto as carnes bovina e de frango registram redução de preço de pouco mais de 4%.