Fica a dúvida: três dias é um período muito curto? Ou persiste a verdadeira montanha russa em que se transformaram os resultados relativos às exportações de carnes?
A realidade é que os dados da SECEX/MDIC relativos à primeira semana de agosto apresentam total reversão em relação ao excepcional resultado de julho (aliás, recorde absoluto na história das exportações de carnes) e – como já havia ocorrido em abril e junho – os embarques efetivados revelaram-se diminutos.
Assim, considerada a receita auferida no período, as carnes in natura obtiveram, pela média diária, apenas US$38,572 milhões, valor 46,5% e 39,4% inferior aos registrados em julho passado e em agosto de 2017.
Já o volume embarcado – 4.357 toneladas de carne suína, 12.679 toneladas de carne bovina e 26.765 toneladas de carne de frango – correspondeu, também pela média diária, a reduções de, respectivamente, 44%, 29% e 55% sobre o mês anterior; e de 43%, 21% e 46% sobre agosto do ano passado.
As projeções atuais devem se modificar substancialmente no decorrer do mês. Mas, mantidas as médias atuais, os embarques de carne suína devem ir pouco além das 33 mil toneladas, os de carne bovina não devem chegar às 100 mil toneladas e os de carne de frango devem girar em torno das 205 mil toneladas.