O superávit da balança comercial de Mato Grosso do Sul no acumulado de janeiro a setembro de 2018 já superou o valor registrado em todo o ano passado. De janeiro a dezembro de 2017 o superávit sul-mato-grossense foi de US$ 2,25 bilhões, enquanto que nos primeiros nove meses deste ano já é de US$ 2,4 bilhões
As informações estão na Carta de Conjuntura do Setor Externo divulgada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Os valores exportados de janeiro a setembro já totalizam US$ 4,48 bilhões de dólares cerca de 20,38% superiores aos valores verificados para o mesmo período em 2017. Mesmo com crescimento de 10,7% nas importações, o superávit de janeiro a setembro de 2018 já estão 29,7% superior ao verificado em 2017 para o mesmo período.
“Em setembro tivemos como destaque a celulose, que cresceu 98,19% e a soja, com crescimento de 32,73%. Juntas, elas representam cerca de 68% das exportações de janeiro a setembro. Outros produtos, como o minério de ferro e o algodão, também tiveram um bom desempenho e contribuíram para esse e resultado. Do ponto de vista dos destinos, a China lidera com quase 50% dos valores exportados, seguida pela Argentina com 7,49% das exportações. Os chineses aumentaram a sua concentração com crescimento de participação de 60% em relação ao mesmo período em 2017”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semagro.
O minério de ferro reverteu a queda nas exportações verificada em 2016, com aumentos expressivos em 2017. De janeiro a setembro de 2018, a venda do produto registrou um aumento de 24,73% comparado com o mesmo período do ano passado, em termos de volume exportado houve queda de 8,22%.
Em relação aos produtos importados, o Estado continua com uma pauta concentrada na importação de gás boliviano, representado 54,27% da pauta de importações nos nove primeiros meses de 2018, acima dos valores verificados no mesmo período de 2017 em 32,84%. Com relação aos municípios Três Lagoas concentra cerca de 50% das exportações com crescimento de 85,95% da sua participação em relação ao mesmo período em 2017, principalmente pela exportação de celulose.
Fonte: Semagro