Previstas em, no máximo, 500 mil toneladas, as exportações de março das carnes suína, bovina e de frango in natura superaram as expectativas e ultrapassaram a marca das 520 mil toneladas. E quem mais contribuiu para esse incremento foi a carne de frango, cujo volume embarcado foi cerca de 15 mil toneladas maior que o originalmente previsto
O fato é que, graças ao desempenho acima do esperado, as três carnes alcançaram no mês resultado melhor que o registrado em fevereiro passado. E com aumentos significativos: de 21,31% na carne de frango, de 23,75% na carne bovina e de 35,25% na carne suína.
Porém, comparativamente a março de 2017, os resultados foram mais modestos, quando não negativos. Insere-se neste caso a carne suína, cujos embarques recuaram quase 12%. E se os embarques de carne de frango aumentaram apenas 2,31%, os de carne bovina acusaram acréscimo de 24,10%, o que possibilitou que o mês fosse fechado com um aumento global de volume ligeiramente superior a 5%.
Pena, somente, que o preço alcançado pelas três carnes continue em retrocesso. Assim, todas acabaram com valores negativos – tanto em relação ao mês anterior quanto ao mesmo mês do ano passado. Comparativamente a março de 2017 a perda maior recaiu sobre a carne suína, cujo preço médio retrocedeu quase 17%. O da carne de frango caiu 8,21% e o da carne bovina perto de 3,5%.
De toda forma, a receita cambial obtida apresentou o melhor resultado não só do ano, mas dos últimos cinco meses. Teve incremento significativo em relação a fevereiro passado (+21,93%) e comparativamente a março de 2017, embora afetada negativamente pelas carnes suína e de frango (queda de receita de, respectivamente, 26,77% e 6,09%), fechou o mês apresentando incremento global próximo de 1%, graças, exclusivamente, ao incremento de quase 20% de receita da carne bovina.