Em novembro, as exportações de carnes in natura registraram queda de volume de quase 9%, índice agravado pela carne de frango, cujo volume recuou mais de 11% em relação a outubro
Porém, ninguém escapou da queda – a carne suína teve redução de 6,38% e a bovina de 2,44% – e nem poderia ser diferente, pois, primeiro, o mês foi mais curto (um dia útil a menos) e, principalmente, porque em novembro ocorre desaceleração natural das importações, seja porque os compradores já estão estocados para o final de ano ou porque, em alguns casos, as quotas anuais já foram preenchidas.
O que não se esperava é que também os preços médios do mês retrocedessem. O da carne de frango caiu quase 1% e o da carne suína 1,26%. Só a carne bovina conseguiu ligeiro aumento, ainda assim inferior a 1%.
A somatória dos dois fatores – menor volume, menor preço – resultou na queda generalizada da receita cambial, a mais grave da carne de frango, com recuo de, praticamente, 12% sobre o mês anterior.
Já na comparação com novembro de 2016, mês com os mesmos 20 dias de novembro de 2017, os resultados foram variados. Mas aumento nos três itens só da carne de frango – de 1,71% no volume, de 6,93% no preço médio e de 8,75%.
No entanto, quem apresentou o melhor desempenho em volume foi a carne bovina: 53,23% a mais. Com isso, apesar de uma queda de 3,81% no preço médio, a receita cambial do produto aumentou 47,40% e, embora por diferença mínima, superou a receita da carne de frango – fato raro na história das exportações de carnes.
A carne suína enfrentou situação inversa: além de uma redução no volume de 21,43%, queda mais severa (-7,80%) no preço médio. O resultado foi uma receita cambial 27,56% menor, o que não impediu que a receita cambial das três carnes aumentasse 16,65% no mês.
Por Avisite