O dólar spot subia 0,13%, a 5,5028 reais, depois de chegar a cair 1,35%, a 5,4215 reais.
O contrato mais negociado de dólar futuro recuava 0,13%, a 5,5045 reais, às 14h31.
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Ao final de uma segunda-feira marcada por rumores sobre sua saída do governo, o ministro Paulo Guedes afirmou que a confiança entre ele e o presidente Jair Bolsonaro é recíproca e também reforçou seu compromisso com o teto de gastos, dizendo que, diante da vontade da administração de investir em obras públicas, seu papel é alertar sobre as limitações colocadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Além disso, o presidente Bolsonaro disse à CNN Brasil que a saída do ministro nunca foi cogitada e que a chance de furar o teto de gastos é zero.
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“Depois foi afirmado que o Guedes fica, que ele e Bolsonaro ficarão juntos no governo até o final, e aí o mercado abriu precificando (o dólar) para baixo. Mas logo vêm as novas perguntas: será que o Guedes está mesmo firme como está sendo afirmado? Ele vai cumprir a meta fiscal mesmo? Começam rumores”, pontuou Vanei Nagem, da Mesa de Câmbio da Terra Investimentos, lembrando da forte pressão sobre o mercado de câmbio percebida na véspera.
Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,26%, a 5,4959 reais na venda, uma máxima em quase três meses.
Segundo Nagem, uma leve piorada no sentimento global também foi um fator que motivou a recuperação da moeda norte-americana ante o real.
No exterior, peso mexicano e lira turca, duas moedas pares do real, passavam a rondar a estabilidade contra o dólar, depois de terem registrado altas mais acentuadas no início do dia. Contra uma cesta de divisas fortes, o dólar apresentava fraqueza, mantendo tendência de queda vista desde julho em meio a dúvidas sobre a recuperação econômica dos Estados Unidos.
Além das crescentes tensões entre EUA e China após decisão do presidente Donald Trump sobre a Huawei, a corrida eleitoral norte-americana também estava no radar dos mercados internacionais.
Apesar de ter deixado para trás níveis recordes próximos a 6 reais em maio, o dólar ainda acumula alta de 37,2% contra o real em 2020 em meio a tensões políticas, incertezas econômicas e um cenário de juros baixos.
“A questão dos juros é sempre aquela: juros para baixo, dólar para cima”, disse Vanei Nagem. “Mas não são só os juros que deixaram o dólar nesse nível. Também temos uma economia fraca, gastos públicos altos, frustação sobre privatizações… há um pacote de motivos.”
Neste pregão, o Banco Central fez leilão de 12 mil contratos de swap cambial para rolagem com vencimentos divididos entre março e julho de 2021, em que vendeu o total da oferta.
Fonte: Reuters
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