O dólar operava em alta ante o real, num ajuste ao forte movimento de aversão ao risco registrado no exterior na véspera, embora a tentativa de melhora externa nesta sessão contenha o movimento
Às 10:14, o dólar subia 0,70 por cento, a 3,7908 reais, depois de terminar a segunda-feira em alta de 0,66 por cento, a 3,7645 reais. O dólar futuro tinha valorização de cerca 0,8 por cento.
“As tensões se elevam com a recente realização de lucros, principalmente de empresas de tecnologia americanas e com a forte derrocada do petróleo”, disse a gestora Infinity em relatório ao explicar o movimento da véspera, que teve contribuição ainda da “contínua pressão nos juros americanos, com o ciclo ainda não terminado de aperto monetário”.
“A contração econômica, principalmente com a falta de resolução da guerra comercial deixa um contínuo temor de piora à vista”, emendou.
Na terça-feira, Dia da Consciência Negra em algumas cidades brasileiras, com os mercados domésticos fechados, as bolsas norte-americanas terminaram com fortes quedas, pressionadas pelo setor de tecnologia, preocupações com o crescimento global e a guerra comercial Estados Unidos e China.
Nesta quarta, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu suas previsões de crescimento global por causa justamente das tensões comerciais e taxas de juros mais altas.
Agora, projetou que o crescimento global vai desacelerar de 3,7 por cento este ano para 3,5 por cento em 2019 e 2020. Anteriormente, a expectativa era de um crescimento de 3,7 por cento para 2019.
Por Claudia Violante
Fonte: Reuters