A frente fria chegou antes no mercado do Feijão-carioca. Nesta sexta-feira(05) foi dia de poucos negócios e as conversas giraram muito em torno do dano que a geada prevista pode alcançar.
Até agora, na Região Sul não foi percebida esta frente fria como tão intensa quanto os meteorologistas vêm prevendo. Mas ao que tudo indica é que será de grande abrangência. O importante para todos é que os preços se mantenham neste período próximos a R$ 150. Para o especulador, e somente para estes, o preço estável não interessa. Precisa cair para comprar, para depois subir e daí vender. É o capitalismo com suas vantagens e alguns efeitos colaterais, segundo informa o IBRAFE.
Geadas primeiras impressões
Segundo informações do IBRAFE, feijão-carioca pode subir forte no segundo semestre. É provável que os compradores aceitem pagar mais do que a semana passada. Quatro fatores importantes foram destacados:
- Em todos os grupos imagens de lavouras perdidas com a geada nivelam o conhecimento sobre as perdas;
- Muitos especuladores compraram a semana passada e vão procurar influenciar uma reação;
- A Semana será de boas vendas no varejo e reposição pela indústria;
- A colheita da terceira safra está adiantada este ano. Não haverá tão grande concentração de oferta em Agosto.
Assim, é possível elevar a pedida e testar limites a cada lote ofertado.
Veja algumas imagens enviadas em grupos do Whatsapp das regiões de Avaré, Itaí e Triângulo Mineiro, atingidas pela baixa temperatura:
Estas perdas podem influenciar o mercado do feijão no segundo semestre.
Por: Vicente Delgado – AGRONEWS BRASIL
