No mercado do algodão, produtores mantêm posição firme no mercado, veja a seguir mais informações:
O algodão em pluma, continua a surpreender com seu desempenho. Pelo 3º mês consecutivo, o indicador do algodão registrou um aumento, mesmo em meio ao progresso da colheita e do beneficiamento da safra 2022/23.
Em um cenário onde muitos esperariam uma queda nos preços devido à maior oferta decorrente da safra recorde, os cotonicultores permaneceram afastados do mercado spot. Sua atenção está totalmente voltada para as atividades do campo, com prioridade na entrega de contratos a termo. Enquanto isso, produtores ativos demonstraram uma postura firme ao negociar preços nas novas transações, embasados nas valorizações observadas nos mercados internacionais.
![Indicador do algodão continua em alta 2 algodão](https://agronews.tv.br/wp-content/uploads/2022/12/algodao-6-1-1024x682-1.jpg)
Do lado da demanda, agentes da indústria indicaram uma reação no desempenho das vendas ao longo da cadeia têxtil. Esse crescimento já levou algumas fábricas a aumentarem sua demanda por volumes de matéria-prima. Como resultado, compradores com necessidades mais urgentes tiveram que concordar em pagar os valores solicitados pelos vendedores, especialmente para a pluma de qualidade superior.
De acordo com as estimativas de oferta e demanda da pluma mato-grossense para a safra 2022/23, a oferta da fibra atingiu um impressionante total de 2,64 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 45,54% em relação ao ciclo anterior (2021/22). Esse crescimento foi impulsionado pelo maior estoque de passagem da safra 2021/22 para a 2022/23, combinado com a expectativa de produção recorde para a safra atual.
No que diz respeito à demanda, espera-se que 1,70 milhão de toneladas sejam enviadas ao mercado externo, um aumento impressionante de 79,40% em comparação com o ciclo anterior. Essa elevação é justificada pela expectativa de um aumento na demanda pela fibra brasileira, principalmente de Mato Grosso. Isso ocorre devido às preocupações com a produção de algodão nos dois principais exportadores mundiais de pluma, os Estados Unidos e a Índia, que enfrentam desafios devido ao clima seco e quente afetando suas lavouras. Além disso, a China, um grande mercado consumidor de algodão, também está lidando com problemas climáticos que tendem a direcionar sua demanda para o mercado internacional.
Por fim, com o aumento na oferta e na demanda, os estoques finais de fibra fecharam em 394,04 mil toneladas, um aumento de 14,95% em relação ao ciclo anterior (2021/22). Esse cenário indica um mercado do algodão que continua a surpreender, com cotonicultores se beneficiando das condições favoráveis, enquanto a demanda internacional pelo algodão brasileiro segue em alta.
Na análise anterior, “No mercado do algodão, cotonicultores estão com foco na colheita e contratos a termo. As recentes quedas nos preços externos têm exercido uma influência notável sobre os negócios. A desaceleração nos negócios é influenciada pelas quedas nos preços internacionais desta commodity. As flutuações nesse mercado global têm mantido o ritmo de negociações em um compasso mais lento do que o habitual”. Clique aqui para saber mais desta análise.
![Indicador do algodão continua em alta 3 mercado do algodão](https://agronews.tv.br/wp-content/uploads/2023/08/Algodao-27-1024x575-1.jpg)
Marco Temporal: Conciliando direitos e garantindo a segurança jurídica
Entenda o polêmico Projeto de Lei 490/2007 e o Marco Temporal. O Brasil enfrenta um dos maiores desafios de reconciliar seu passado, presente e futuro em relação às terras indígenas.
No quadro de Direito Ambiental do portal Agronews desta semana, continuamos a explorar o polêmico tema do Marco Temporal para a demarcação de terras indígenas. No entanto, desta vez, também abordaremos o Projeto de Lei 490/2007 e suas emendas, que oferece a oportunidade de conciliar dois objetivos aparentemente conflitantes: garantir a segurança jurídica para aqueles que ocupam áreas em disputa e proteger as comunidades indígenas tradicionais em seus territórios.
Para esclarecer os detalhes e ampliar o entendimento sobre estas questões, a Dra. Alessandra Panizi – especialista em Direito Agroambiental faz uma análise deste tema. Aperte o Play e confira!
Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
AGRONEWS® é informação para quem produz