Levantamento da Assocon aponta 731.000 cabeças confinadas no ano. Expectativa inicial da entidade era de crescimento de 5%.
O volume de bovinos confinados em 2015 registrou 731.000 animais, segundo dados da Associação Brasileira dos Confinadores (Assocon). Os resultados apresentaram recuo de 5% em relação ao ano passado, quando foram confinados 769.000 bovinos. O levantamento tem como base 85 projetos de associados da entidade nos Estados GO, MA, MG, MT, MS, PR, RJ e SP. A expectativa inicial da Assocon era que o confinamento crescesse 5% neste ano.
De acordo com a entidade, o desempenho está atrelado a fatores internos e externos. Em âmbito nacional, o boi magro permaneceu valorizado durante todo o ano e a oferta de animais para abate caiu em torno de 10%. O consumo de carne vermelha foi fortemente impactado, com boa parte dos consumidores migrando para carnes mais baratas, como a frango e suína.
Nos aspectos externos, grandes importadores da carne brasileira, como a Rússia, passam por dificuldades econômicas e reduziram suas compras. A expectativa da Abiec é que as exportações de carne vermelha fechem o ano com recuo de 6,6% em volume e 16,6% em faturamento.
Outro fator citado por Bruno de Andrade, gerente-executivo da Assocon o preço do boi não acompanhou o dos insumos. “O segundo giro de gado no confinamento apresentou problemas de rentabilidade devido ao preço do boi gordo, que não acompanhou a elevação do custo de produção, especialmente do milho”, afirma
Perspectivas para 2016 – A expectativa para o próximo ano segue a mesma tendência. De acordo com dados apurados pela Assocon, o confinamento pode cair até 3,5%, levando em conta a queda no consumo doméstico, aumento no custo de produção e a eminente aceleração das exportações, após a reabertura e conquista de novos mercados pela carne brasileira em 2015. “Ainda se trata de uma estimativa inicial, que pode ser revertida se algum desses componentes mudar. A Abiec está otimista em relação às exportações em 2016. Pode ser o sinal esperado pelos confinadores para investir na compra de bois magros”, conclui Bruno Andrade.
Fonte: DBO