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Conservar ou preservar? apesar de semelhantes, elas não são iguais. Entenda neste artigo as diferenças e quando usar corretamente estas expressões
No quarto de Direito Ambiental do Agronews, a Dra. Alessandra Panizi esclarece estes dois conceitos muito empregados no setor agro para representar ações relacionadas ao meio ambiente: conservação e preservação.
Conservar ou preservar?
Estas duas palavras, que parecem sinônimos, possuem conceitos totalmente distintos e que fazem toda a diferença quando vamos tratar sobre o meio ambiente. Mas qual é a diferença entre elas? É justamente isso que começamos a responder a partir de agora.
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Preservar
Bem, preservar é algo que não devemos tocar, algo que deve ser mantido intacto. Como exemplo, podemos citar áreas de preservação permanentes – que são aquelas ao longo de rios ou encostas, acima de 45º graus. Nessas áreas não é permitido realizar nenhum tipo de atividade econômica.
A proteção ambiental ou preservação, é a prática de proteger o ambiente natural, nos níveis individual, organizacional ou governamental, tanto em benefício do próprio meio ambiente como dos seres humanos. A preservação é influenciada por três fatores interligados: legislação ambiental, ética e educação. Cada um desses fatores desempenha o seu papel em influenciar decisões ambientais a nível nacional e os valores e comportamentos ambientais a nível pessoal. Para que a proteção do meio ambiente se torne uma realidade, é importante que as sociedades desenvolvam cada uma dessas áreas que, em conjunto, irão informar e conduzir as decisões ambientais.
Sobre ela existem algumas exceções, mas a regra é que não possa ser tocada. Existem também unidades de conservação, como uma reserva biológica, que sequer permite passeios turísticos. Então isso quer dizer que aquele ambiente tem uma necessidade tão grande em se manter intacto, em continuar com seu meio ambiente intocável, que neste caso o correto é preservar esta área. Ou seja, preservar é o mesmo que não tocar.
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Conservar
Já a palavra conservar, nos traz os aspectos de sustentabilidade. Isso quer dizer que podemos exercer atividade econômica sobre um determinado ambiente.
É importante salientar que esse ambiente deve ser compatível com essa atividade. Um exemplo muito claro para a palavra conservar é o plano de manejo sobre áreas de reserva legal, onde é permitido fazer a extração de algumas árvores – em uma coleta seletiva, sem descaracterizar aquela região.
A conservação da natureza, também chamada ciência da conservação da natureza ou simplesmente conservação, é a designação dada aos princípios e técnicas que buscam a utilização racional dos recursos naturais, ou seja, a proteção desses recursos em uma perspectiva de sustentabilidade, que permite seu uso mas garante sua renovação. A conservação da natureza centra-se na manutenção do bom estado do ambiente natural, incluindo a fauna, a flora, os recursos minerais, a paisagem, os habitats e a biodiversidade, sem contudo excluir o uso humano de todos os ecossistemas.
Então conservar é o que nós já fazemos em nosso ambiente de vida. Em linhas gerais, isso representa uma adaptação ao meio ambiente, gerando integração com a zona urbana, zonas rurais, atividades econômicas. Havendo assim a interação com essa área conservada.
Assista abaixo a explicação feita pela Dra. Alessandra Panizi, aperte o play!
Agora que você já sabe a diferença entre conservar e preservar, preencha o formulário abaixo e deixe a sua opinião ou dúvidas.
Dra. Alessandra Panizi
Doutora em Ciências Jurídicas e Sociais junto à UMSA Universidad del Museo Social Argentino. Especialização em Perícia Auditoria e Gestão Ambiental – Oswaldo Cruz. Especialização em Direito Agroambiental – Fundação Escola Superior do Ministério Público de Mato Grosso. Especialização em Capacitação às Carreiras Jurídicas – Fundação Escola Superior do Ministério Público de Mato Grosso. Graduação em Direito pela UNIC – Universidade de Cuiabá.
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